APRESENTAÇÃO
Sou espanhol de nascimento e brasileiro por adoção. Metade da
minha vida a vivi em cada um desses países (exceto alguns anos que passei
em Japão). Sou também praticante/torcedor de esportes desde criança.
Com a minha dupla nacionalidade, seria em princípio para mi um dilema
decidir--me a torcer por quem, quando Espanha e Brasil competem no campo esportivo,
mas na verdade, sinto dentro de mi nessas ocasiões uma calma e imparcialidade
interior, como a poderia sentir um E. T. postado em Marte a observar tudo com
seu telescópio a raio laser! É verdade!
Eu já tinha observado no comentarista esportivo Galvão Bueno,
como qualquer observador mais atento o faz, o papel desempenhado em suas transmissões
como fomentador do patriotismo nacional no campo esportivo, com exageros que
muitos já o definiram como “ufanismo”.
Pois bem, eu tinha observado também que Galvão em algumas ocasiões
usava comentários desmerecedores sobre feitos de esportistas espanhóis,
mas não dei muita atenção ao fato, principalmente porque
minha discordância com Galvão iria parecer mais uma perda de parcialidade
íntima, com meu lado espanhol se sobrepondo ao meu lado brasileiro.
Mas em meados de 2002, aconteceram dois fatos esportivos comentados por Galvão,
que me deixaram mais atento de uma vez por todas sobre o fato dele não
só usar em suas transmissões um patriotismo ufanista como muitos
o acusam, mas também um anti--espanholismo camuflado, este mais difícil
de ser percebido.
Reuni aqui, algumas observações que fiz durante o ano de 2003
a respeito das transmissões de TV que Galvão Bueno comentou. Andei
o ano todo reforçando a minha atenção para verificar se
era verdadeira aquela impressão a que me referia. Como os dois comentários
de Galvão dos quais estou falando e que me deixaram com “a pulga
atrás da orelha” já foram tratados nos primeiros textos
selecionados, não os repetirei aqui.
Angel Moncayola – Cavalcante – Setembro de 2003.
INDICE
1-UM PAPA CHAMADO GALVÃO
2-GALVÃO NO PENTA
3-ANO 1950- O ‘OUTRO’ GALVÃO
4-O ENTERRADOR ENTERRADO
5-A VOVÓ DE BARRICHELLO
6-QUEM MATOU O INGLÊS?
7-CADÊ MEU GALVÃO?
8-GALVÃO GEÓGRAFO
9-A CAÇA AO “CHATO” ESTÁ ABERTA. OBA!
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1- UM PAPA CHAMADO GALVÃO
Hoje, 7-4-2003, enviei para o jornal “O Estado de São Paulo”,
para a
seção do leitor, uma carta nos seguintes termos:
Gostei de ver no passado Domingo, durante o Grande Prêmio do Brasil de
Formula 1, a realidade se impondo contra a “verdade manipulada pelos formadores
de opinião”: o espanhol Alonso sendo aclamado pelo público
na hora de ser colocado na ambulância, e o piloto, deitado na maca, acenando
para o público!
Reconhecimento do público ao valor desse jovem piloto, a pesar do “dono
da verdade na mídia esportiva”, o todopoderoso Galvão Bueno,
andar querendo tapar o sol com uma peneira e ignorando que esse piloto existe:
até mesmo quando Alonso liderou uma corrida um mês atrás,
G. B. analisava o possível desenvolvimento da corrida avaliando as possibilidades
dos pilotos que se encontravam do 2º lugar em diante. Alonso, que no momento
liderava a corrida, foi solenemente ignorado por Galvão e nem o nome
do piloto que estava em primeiro lugar disse!
O problema desse “poderoso formador de opinião em esportes”,
é que no ano passado, na hora de Alonso ser contratado pela Renault (ele
já era piloto de testes dessa escudaria) Galvão reclamou prá-valer,
porque “um piloto inexpressivo e sem talento” estaria tirando o
lugar do talentoso Massa para este ano na Fórmula 1, relegando este a
mero piloto de testes da Ferrari.
Vai ser difícil Galvão reconhecer, que tanto um quanto outro piloto
tem talento, que são dois jovens promessas do automobilismo, fato evidente
para todos aqueles que estiverem isentos de preconceitos (que não parece
ser o caso de G. B.). Os dois tem seu lugar ao Sol, isso, a pesar de G. B. (que
se nos apresenta como se fosse o “Papa” em matéria de esportes,
ditando ao espectador o que é certo e errado, o que devemos ver, entender
e opinar, sobre aquilo que vemos com os próprios olhos) na sua insana
megalomania, parece querer ditar ao Astro Rei para que lado seus raios devem
ser dirigidos.
A . M. –7-4-2003.- Cavalcante
2- GALVÃO NO PENTA
No texto anterior, nos referíamos a um “manipulador da opinião
pública” chamado Galvão Bueno, e suas atuações
como comentarista de Fórmula 1 da Rede Globo de TV.
Já neste texto, queríamos referir-nos ao mesmo folclórico
comentarista e suas “atuações” no futebol.
Na última Copa do Mundo conquistada pelo Brasil, teve um momento nas
eliminatórias ocorridas na Coréia, em que praticamente toda a
crítica esportiva mundial se manifestou no sentido de termos assistido
ao maior escândalo da História das Copas, devido a ter havido manipulação
gritante de resultados: foi quando Coréia eliminou Espanha com ajuda
do juiz da partida. Que saibamos, somente dois personagens foram contra a corrente
mundial de opinião: um foi o Presidente da Coréia (que ao que
tudo indica pagou uma “nota preta” para corromper dirigentes e juizes
de futebol, isso com intenção de desviar a atenção
da opinião pública interna, onde ele e seus filhos estão
sendo acusados de corrupção administrativa, inclusive um dos filhos
já foi preso e outro anda tentando livrar-se da prisão). No fim,
e com o resultado evidentemente manipulado a favor da Coréia e contra
Espanha, o Presidente mais que suspeito anunciaria bombasticamente para “seu
povo”, que a vitória contra Espanha no futebol era “a maior
proeza da Coréia em 5.000 anos de História” .
O outro discordante da opinião mundial, fechando os olhos aos claros
indícios da podridão escondida por baixo do evento esportivo,
foi o “folclórico e ufanista” comentarista brasileiro, que
se juntava ao Presidente coreano rasgando elogios ao time coreano pela sua vitória.
Nestas alturas, é cabível levantar a suspeita de que Galvão
não é apenas “anti-Alonso” na Fórmula 1, mas
sim anti-espanhol em geral por motivos não confessados.
Eu suspeito de onde pode ter nascido o “anti-espanholismo” galvaoniano,
mas isso ai é tema a ser tratado em outro capítulo.
A . M. –7-4-2003. Cavalcante
3-ANO 1950-O OUTRO GALVÃO
Já ouvi também a Galvão Bueno referir-se à copa
de 1950 como sendo a copa da “euforia e decepção”.
Euforia por “termos dado olé em Espanha” nas semifinais (o
resultado foi de 6 a 1 a favor de Brasil) quando aquele país era o “touro
bravo” a ser dominado na época. Decepção na final
contra Uruguai ante 200.000 pessoas que cantaram a vitória antes do fim
do jogo.
Naqueles tempos eu era meninão ainda, mas acompanhava meu pai em suas
inquietações de esportista amador e torcedor, e cheguei a acompanhar
o desenrolar daquela copa.
Já ouvi por aqui também de alguns sobreviventes do “desastre
de Maracanã em 1950”, sobre o clamor das 200.000 vozes unidas gritando
“Brasil campeão” durante quase todo o jogo e sendo aos poucos
substituídos por mais comportados e realistas gritos de alento para manter,
até quase o fim, o resultado de 1 a 1 que ainda daria o título
a Brasil, e do gol uruguaio no fim do jogo que invertia o destino da copa: aquela
ducha de água fria conseguiu emudecer 200.000 vozes ao mesmo tempo e
transformou o Maracanã em um cemitério onde até o voar
de uma mosca poderia ser ouvido. Aqueles que ainda são vivos e assistiram
o jogo, concordam em dizer que aquele silêncio repentino que se fez no
Maracanã é uma das coisas mais impressionantes que já assistiram
na vida.
E qual a “explicação” de Galvão para aquele
episódio? A “explicação que nada explica” dele
é que no futebol acontecem coisas “inexplicáveis”.
Eu tenho a “explicação” que Galvão parece desconhecer,
mas cá entre nós, na verdade eu acho que ele sabe e não
quer contar!
Naquela copa, as feras do momento eram Inglaterra e Espanha. Corriam por fora
no favoritismo, Uruguai, que já tinha ganho uma copa no ano que organizou
o Campeonato Mundial, e Brasil como país organizador (naqueles tempos
Brasil era considerada ainda uma potência em futebol do segundo escalão).
Espanha e Inglaterra se pegaram nas preliminares, e esta levou a pior, com o
qual aquela se transformou na “fera da vez” a ser batida.
E chegou a fase seguinte, quando aconteceu a “verdadeira e decisiva final”,
antes do encontro entre Uruguai e Brasil: foi o jogo entre Espanha e Uruguai.
E agora usarei umas pitadas de “licença literária”
para descrever os fatos “nus e crus” daquele jogo.
Naquela época, o comandante da seleção uruguaia era Maquiavel
e da seleção espanhola Dom Quixote. Este orientou seus comandados
no campo de batalha, aliás campo de futebol, para só atacar de
frente, de cabeça erguida e com cavalheirismo, com respeito ao rival
e às regras estabelecidas para a disputa. Já Maquiavel disse aos
seus comandados: -“O fim justifica os meios”, e se o fim é
ganhar a taça a qualquer custo, vale a contravenção das
regras, vale até punhalada pelas costas no “inimigo” desde
que o juiz não veja nem o punhal nem o ato praticado-.
O resultado da disputa foi 2 a 2 no placar, com os uruguaios todos em pé
fazendo “cara de bonzinhos”, e os espanhóis saindo de campo
em macas, alguns sendo levados para o hospital e outros para o cemitério
(o time espanhol inteiro na enfermaria, e até jogadores que nem voltaram
mais a se recuperar das graves contusões que receberam durante o jogo,
é fato histórico sem “licença literária”).
E a seguir contarei a estória do jogo entre Espanha e Brasil que se
seguiu, aquele do “olé de Brasil em Espanha”, tal como meu
tio me o contou.
Meu tio e um grupo de colegas de trabalho também espanhóis que
trabalhavam na industria automobilista brasileira como operários especializados,
e eram também “peladeros de fim de semana”, foram convocados
para substituir o time oficial, este que estava “fora de combate”.
O resultado daquele jogo foi do “glorioso 6 a 1 em Espanha”, o dia
da arrasadora vitória com “direito a olé até”
contra o “touro espanhol”, a que Galvão se referia!
O “formador de opinião” da época, era o radialista
Galvão Bueno Senior, português de nascimento e recalcado por seu
país ter ocupado sempre um segundo plano na História Mundial perante
seu vizinho peninsular. G. B. Senior, pai do atual Galvão, trocou seu
“recalque português” pelo “ufanismo brasileiro”
e fez disso profissão. Foi ele quem insuflou no Brasil a idéia:
-Somos os melhores e ninguém pode com nós; se Espanha e Uruguai
empataram e nós ganhamos com facilidade daquele time, a final contra
Uruguai é barbada, quase formalidade; podemos comemorar desde já
o “fato” de Brasil Campeão!
Essa foi a versão dos fatos que meu tio me contou. Acredito que Galvão
Bueno Junior recebeu a versão verdadeira dos fatos do pai dele (Galvão
I). Seja isso ou não, entre pai e filho está a ocultação
de fatos relevantes, que hoje tem como conclusão a “explicação
galvaoniana”: “No futebol acontecem coisas inexplicáveis”
E deixaremos de lado a “licença literária” para
seguirmos com nossa estória.
Algum tempo atrás, aparecia na TV um funcionário do Maracanã
que assistiu aquele jogo ainda criança, e é ele quem dizia que
uma coisa das mais impressionantes que já vivenciou, foi o silêncio
repentino de Maracanã em substituição ao vozerio ensurdecedor
anterior , mudança acontecida com o segundo gol de Uruguai! Se ele algum
dia vier a ler estas linhas, agora sabe que além da “explicação
que nada explica” de Galvão, agora tem esta outra “explicação”
aqui contida sobre o fenômeno que tanto o impressionou meio século
atrás: ele que faza a sua escolha, em relação a qual é
que representa melhor a “verdade dos fatos” (pegamos emprestada
a expressão do “jargão” galvaoniano).
E Uruguai, bicampeão mundial em 1950, por onde anda com “seu
futebol”?... Bem! Durante décadas ficou no ostracismo, sob a mira
da opinião futebolística mundial, que não o deixou mais
exercer as táticas maquiavélicas que apenas em 1950 e contra a
“fera” do momento, e devido à surpresa da “invenção”,
lhe renderam aquele (
a meu ver injusto) galardão.
A .M. –7-4-2003 –Cavalcante.
4-O ENTERRADOR ENTERRADO
Em continuação ao assunto Galvão.
Depois de um ano de esforços de Galvão Bueno para negar a existência
do piloto Alonso na Formula 1, em fim está sendo obrigado a reconhecer
que ele existe: além de alguma referência de “leve”
à sua existência (em geral denigrente da imagem do piloto) noticiada
nas últimas corridas, hoje ele teve que reconhecer definitivamente que
ele existe, por Ter ganho a corrida deste dia, o Grande Prêmio da Hungria
de 2003, vitória essa que o transformou no mais jovem piloto a ganhar
uma corrida de Fórmula 1!
Foram inumeráveis (e em geral ridículas) as tentativas de Galvão
durante o ano inteiro de negar a existência desse piloto, tentando jogar
terra encima desse “fantasma” que o atormenta: -Ei Galvão!
Não seria mais fácil para você reconhecer que ele existe,
e que se equivocou ao dizer que ele não tinha nenhum talento para a “coisa”?
Mas em vez de reconhecer seu erro, Galvão tentou manter o seu veredicto
sobre a incompetência desse corredor durante o ano inteiro e ante os bons
resultados obtidos por esse piloto durante o ano, Galvão preferia catalogar
esses resultados como “anômalos” e as raras ocasiões
em que seu companheiro de equipe andou diante dele (Trulli) o próprio
Galvão se apressava a “alertar-nos “ que estávamos
vendo com os nossos próprios olhos “a verdade dos fatos aparecendo”.
E hoje ainda, o “esforçado” Galvão no final da corrida
que “comentava para nós”, e ante a iminente vitória
de Alonso que estava para acontecer, nos brindava com uma “pérola”
da sua imensa sabedoria sobre aquilo que ele chama de “verdade dos fatos”:
-O que está acontecendo aqui é que o Grande Prêmio da Hungria
nem deveria existir, porque é corrido em um circuito que não reúne
as condições ideais para a disputa de um Grande Prêmio de
Fórmula 1 e mesmo assim continua sendo disputado, por isso estamos sujeitos
a receber “qualquer surpresa” (a surpresa do dia à qual Galvão
se referia estava sendo a do desqualificado Alonso estar caminhando para uma
vitória inapelável, obtida de ponta a ponta , desde o momento
da largada).
Outra “pérola” de sabedoria que nós telespectadores
ganhamos de Galvão, foi duas ou três corridas atrás, quando
ante os bons resultados obtidos por Alonso durante o ano, Galvão dizia
sobre Alonso, que este era apenas um “acontecimento passageiro”,
pois qualquer bom piloto que se preze e se conhece, tinha obtido os resultados
obtidos por Alonso com muita mais idade. Assim, o “fenômeno Alonso”
era catalogado por Galvão como apenas uma epidemia passageira que estava
atacando à espanholada, epidemia por ele, Galvão, descoberta e
batizada com o nome “genial” de “alonsomania” (quando
Galvão começou a dar notícias sobre a existência
de Alonso, sempre o fazia nesse tom depreciativo para o corredor e para toda
a “espanholada”, ao referir-se a Alonso como apenas um tipo de “vírus”
provocador da “alonsomania “ entre os espanhóis).
Mais dois detalhes de aproximadamente um mês atrás, que confirmam
(ao menos para mi) que existe oculto em Galvão algum tipo de “anti-espanholismo”.
Em um desses comentários citados, e após Trulli ter obtido um
tempo de classificação bem melhor que o de Alonso, Galvão
começou com seu tradicional “lengalenga” de que estaríamos
vendo com nossos próprios olhos “a verdade dos fatos aparecendo”.
Ante a argumentação de um de seus assessores de que Alonso teve
problemas mecânicos com seu carro durante a tomada de tempos pré-classificatórios,
Galvão continuou a insistir que “isso não justificava, que
era muita diferença de tempos e que seria a verdade dos fatos aparecendo,
a verdade de que Trulli era um piloto de verdade, e que não se podia
dizer a mesma coisa sobre Alonso”. Cinco ou dez minutos depois desse comentário
depreciativo, teve outro comentário depreciativo sobre “outro espanhol”,
quando um de seus assessores comentava que Guga tinha ganhado seu jogo do dia
em Roland Garros e que seu próximo rival era um espanhol que acabava
de eliminar o tenista numero um na classificação da ATP, australiano
este. Ai Galvão comentava que naquele dia Guga tinha dado dois e não
apenas um passo na direção do tetracampeonato de Roland Garros,
porque se fosse o australiano o próximo rival ele teria uma parada dura
pela frente, mas contra o espanhol “era barbada”, apenas formalidade
de calendário a cumprir (no dia seguinte, o “desqualificado espanhol”
eliminava o “qualificado Guga” do torneio).
Conclusão: estou ficando com a impressão, de que depois de um
ano de Galvão andar jogando terra encima de Alonso para negar a existência
deste, toda essa terra vai acabar voltando para cima do próprio Galvão
e quem sabe pode até acabar enterrando o próprio junto com suas
“abobrinhas”, estas que ele costuma apresentar como “verdades
insofismáveis sobre os fatos esportivos nacionais” (isso sem contar
outras “manias pessoais” e “verdades de papel” que tenta
passar para o telespectador, como esta que estamos denunciando aqui de existir
arraigado nele um “anti-espanholismo”, supostamente herdado de seu
pai lusitano).
A . M. –24-8-2003 – Cavalcante.
5 – A VOVÓ DE BARRICHELLO
Lembrei de mais uma “pérola galvaoniana” com que fomos brindados
este ano por esse sábio e dedicado missionário do “bem informar”
em assuntos esportivos.
Mais uma vez é no âmbito da Fórmula 1.
Em um dos pódios que Alonso conseguiu este ano, ganhou de Galvão
um de seus “elogios tradicionais”: -Isso vai aumentar o nível
da “alonsomania” em seu país. Também, Espanha nunca
teve um só piloto que conseguisse subir no pódio em uma corrida
de Fórmula 1!
Informação essa contestada por um de seus assessores, o qual corrigiu:
-Na década de 50 Espanha teve Portago, o qual fez algumas corridas pela
Ferrari e chegando uma vez em segundo lugar-.
O “Papa-Galvão”, em atitude muito característica dele,
em vez de reconhecer que tinha soltado uma informação errada,
logo se saiu desmerecendo o fato, conforme é hábito nele em se
tratando de espanhóis: -Também, em uma Ferrari qualquer um conseguiria!-.
Isso me fez lembrar de Barrichello, que no seu começo da Ferrari fez
um desabafo: -Têm gente por ai que pensa que ao volante de uma Ferrari
até minha avó conseguiria ganhar corridas!- Tô com a suspeita
que o desabafo de Rubinho tinha endereço certo: -Quem sabe não
houve uma cobrança de resultados nos bastidores da TV por parte do papudo
“Papa dos esportes do Brasil”, para este poder justificar o ufanismo
típico de suas transmissões?
A respeito daquele “qualquer um” a que Galvão se referia,
eu tenho na lembrança algumas informações de mais de meio
século atrás. Ele era o Marquês de Portago, descendente
de 1ª ou 2ª geração de toda aquela classe aristocrática
espanhola, que no começo do século XX se espalhou por Europa seguindo
os passos do deposto Rei de Espanha, Alfonso XIII.
Aquele descendente da Nobreza Espanhola, era movido a adrenalina, e para aumentar
a circulação desta nas veias, usava a velocidade: pilotar carros
de corrida era apenas um dos artifícios que ele usava!
Como no nevado inverno europeu não havia corridas de automóveis
por aqueles tempos, ele trocava de veículo e usava o “bobsbleig”
(espécie de trenô de competição) para continuar vivendo
a toda velocidade!
Outro episódio que me lembro daquela figura: Na Inglaterra foi proibido
de pilotar aviões, porque uma vez deu um vôo rasante sobre o Tâmisa
passando por baixo de uma das pontes de Londres!
Sobre a informação do assessor de Galvão, eu não
me lembro em detalhe, mas lembro que no último ano que viveu, andou atingindo
grandes resultados no automobilismo e estava sendo considerado pela imprensa
esportiva como tendo potencial de ser um supercampeão, se desse atenção
exclusiva à especialidade.
No inverno daquele ano teve Olimpíadas da Neve, e ele representou Espanha
no “Bobsbleig a 4” . E no início do ano seguinte morreu como
viveu, a toda velocidade: espatifando-se no lendário circuito de Le Mans!
Aqueles que não são seguidores incondicionais de Galvão
(e me parece que o número destes está crescendo cada vez mais
no Brasil) tem aí algumas informações mais para acrescentar
àquelas que o assessor de Galvão deu sobre “um tal Portago”.
E aqueles que preferem os “pratos prontos” de Galvão, temperados
com muitos preconceitos e até desinformação, podem continuar
a engoli-los!... No fim das contas, cada um faz suas escolhas!
A . M. –28-8-2003 –Cavalcante.
6 –QUEM MATOU O INGLÊS?
Noticia de hoje na TV: Uma equipe americana de cinema veio a Brasil a filmar
uma estória de futebol. O tema central do enredo é a histórica
vitória daquele país contra a Inglaterra em 1950.
Como já ouvi alguma vez a Galvão referir-se a EE.UU como sendo
aquele país que eliminou a Inglaterra naquela copa, e eu me lembro que
Espanha ganhou dos dois times nas preliminares, fui até a loja onde me
ligo com a Internet para conferir se tem alguma falha na minha memória.
O que houve de fato, é que na fase preliminar teve quatro grupos, e os
primeiros colocados de cada grupo se enfrentaram em um quadrangular para proclamar
o campeão. Do grupo preliminar de Espanha, faziam parte também,
Chile, Inglaterra e EE.UU. Espanha ganhou os três jogos e os outros três
times um jogo cada um (confirmadas as vitórias espanholas que me lembrava
de meio século atrás: 3 a 1 contra EE.UU e 1 a 0 contra Inglaterra
com gol de Zarra. Não me lembrava da vitória de 2 a 0 contra Chile).
Sobre minha polêmica com Galvão, e a respeito de quem foi que eliminou
os “inventores do futebol” naquela copa (a primeira disputada por
Inglaterra pelo que vi hoje pela Internet, fato que eu desconhecia, inclusive
dizia também no site da Internet que consultei, que até então
os ingleses se consideravam campeões virtuais sem necessidade de disputar
o torneio mundial e por isso nunca tinham participado até 1950) creio
eu ter mais razão que Galvão: Espanha e Inglaterra se enfrentaram
no último e decisivo jogo da chave, e a pesar dos ingleses já
ter perdido o jogo com os americanos por 1 a 0, ainda tinham chances de classificar-se
se vencessem a Espanha, porque os dois países ficariam empatados em vitórias
e Inglaterra seria considerada campeã da chave pelo critério do
confronto direto.
Outro fato de que não me lembrava e vi hoje na Internet, é a presença
da bicampeã Italia naquela copa como uma das favoritas para levar o tricampeonato.
Os italianos também não passaram das preliminares, mas com eles
também houve razões extra-esportivas a influenciar no mau desempenho
daquela seleção em aquele ano: a morte em desastre de aviação,
um ano antes, de todo o time do Torino, supertime este que era a base da seleção
italiana da época.
Sobre os três resultados de Espanha no quadrangular final, correspondem
ao que eu me lembrava: empate de 2 a 2 com Uruguai e derrotas de 6 a 1 para
Brasil e de 3 a 1 contra Suécia.
Sobre o escândalo registrado na imprensa esportiva espanhola daqueles
tempos que eu lembro, referente ao comportamento anti-esportivo dos uruguaios
no jogo contra Espanha e conseqüente enfrentamento a seguir de Brasil e
Suécia com um time formado por mancos, coxos e algum suplente ainda inteiro,
não vi registros na Internet, pelo que fica essa pesquisa para outra
ocasião.
Por tudo que vi hoje, se confirma que a partida decisiva daquela copa aconteceu
com o nocaute por golpe baixo que Espanha sofreu ante Uruguai. E também,
o indício de que a euforia brasileira e “canto da vitória”
antes da hora, foi motivado pelos resultados anteriores de Espanha, com Uruguai
e com o próprio Brasil
E sobre minha polêmica com Galvão sobre o “matador”
da fera inglesa (o “dream time” do futebol daqueles tempos) sobre
a atribuição do mérito daquela façanha que Galvão
concede ao time americano em vez de Espanha... bem, me parece que já
observei antes a Galvão fazendo restrições a méritos
de espanhóis no âmbito esportivo!
A . M. –31-8-2003 –Cavalcante.
7-O MISTERIOSO DESAPARECIMENTO DE GALVÃO
Alô TV –Globo! Quero de volta meu Galvão!
Ontem teve o Grande Prêmio de Monza de Formula 1 e nada de Galvão
comparecer para explicar-nos o que estávamos vendo!
E o pior de tudo para aquela emissora, é que nos quis fazer de bobos,
apresentando um sósia de Galvão como se fosse o próprio!...
Mas eu descobri a artimanha!... Ele não falou nada contra Alonso! Justo
este fim de semana, que foi o mais desastrado que esse piloto já viveu
na Fórmula 1! Se fosse o Galvão de verdade, este passaria sem
fazer uma crítica a Alonso justo no dia que este deu mais motivos para
ser criticado?... E olha que foi no Sábado que já começaram
as barberagens desse piloto, quando apenas conseguiu o último lugar,
um minuto atrás do penúltimo colocado! Imagina se fosse o Galvão
a transmitir o evento esportivo, se ele perderia a oportunidade de dizer-nos
que “estávamos vendo a verdade dos fatos com os próprios
olhos” e que os 55 pontos já conseguidos por Alonso neste campeonato
eram devidos a resultados anômalos!...
E ainda por cima, ontem, na hora da largada, Alonso decolou feito pássaro
, ao que parece tentando passar por cima do penúltimo colocado no grid
e acabando se espatifando no chão! ...Se fosse Galvão, ele ia
esfregar as mãos com certeza, enquanto fazeria algum comentário
do tipo: -Senhores, Alonso acaba de descobrir que automóvel e avião
são veículos diferentes!-
Se fosse o Galvão de verdade e ante as barberagens repetidas de Alonso
durante o fim de semana, ele seguramente não perderia a oportunidade
de “alfinetar” com alguma coisa do tipo: -Este fim de semana Alonso
se dedicou a dar uma aula de pilotagem para alunos do maternal, explicando para
estes o que não pode ser feito ao volante de um automóvel-. Quem
sabe até daria uma “alfinetada” mais abrangente, dedicada
aos “babacas espanhóis” em
geral, aqueles que andam sofrendo a ilusão por ele batizada de “alonsomania”,
seguramente, que se fosse o Galvão iria dizer para todos eles que foi
apenas uma ilusão aquilo de imaginar que tinham um “piloto de verdade”
na Fórmula 1!
E ainda tem outro detalhe indicativo de que não era Galvão-Sabetudo
quem estava ao microfone da TV. Durante este fim de semana se levantou uma polêmica
sobre os pneus Michelim, se estes estariam ou não dentro da especificação
exigida pela organização da competição e com isso
favorecendo irregularmente aquelas escudarias que usam essa marca. Ele, o “sósia”
de Galvão, reconhecia humildemente que não tinha como dar o seu
parecer sobre o assunto, pois existem informações na Fórmula
1 muito especializadas e às quais os comentaristas não tem acesso!...
Muita humildade contida nessa declaração!... não é
o estilo de Galvão-Sabetudo!
Para dizer verdade, verdade, verdade, ... estou em dúvida... não
sei se é isso mesmo o que aconteceu de verdade com a Fórmula 1,
em Monza, neste fim de semana, ou... era na verdade Galvão quem transmitiu
a corrida, após ele ter levado algum puxão de orelhas da direção
da emissora, para ele deixar de se arvorar em dono absoluto da verdade em matéria
de esportes no Brasil e descer do pedestal em que andava encaramado auto-proclamando-se
“Papa dos esportes no Brasil”!... Até quem sabe, a “desafeta
espanholada” que Galvão tanto critica, e que ultimamente vêem
aparecendo investindo nos mais diversos setores deste país, não
está entrando na Globo, com dinheiro e até com pessoal em postos
de chefia, e é algum novo e alto executivo espanhol que deu o puxão
de orelhas em Galvão para este parar de esculhambar com Alonso (?)...
Quem sabe, quem sabe!...
E enquanto isso, eu aqui estou ficando frustrado!... eu que esperava por uma
colheita maior de “abobrinhas galvaonianas” até o fim da
temporada de Formula 1, logo pouco depois da metade da temporada, ele, o Galvão,
será que vai deixar de plantar para nosso deleite?
TV-Globo, me explica aqui uma coisa: era Galvão ou seu sósia quem
estava com teus microfones ontem em Monza?... E se era realmente seu “sósia”
como eu suspeito, me explica as razões para o “Misterioso Desaparecimento
de Galvão”! TV-Globo me explica que eu quero saber!
A .M. –15-9-2003 –Cavalcante.
8 GALVÃO “O GEÓGRAFO”
Outro detalhe curioso sobre Galvão!
Me parece que ele guarda um certo respeito por Catalunha, esta que já
organizou até uma Copa do Mundo de Futebol e uma Olimpíada: já
ouvi fazer “ressalvas” a Galvão ao tratar sobre Catalunha,
dizendo que esta é “européia e não espanhola”!.
Galvão até faz bastantes elogios ao Clube-Empresa do Barcelona
F. C. , aos pilotos catalães da motovelocidade, e seguramente a outros
setores esportivos catalães que não reparei!
Neste fim de semana, teve um pequeno detalhe desse parêntese que Galvão
abre a Catalunha em seu tratamento depreciativo genérico contra espanhóis.
No Grande Prêmio de Monza, disputado ontem, teve um certo destaque o piloto
Gene, catalão que substituiu o alemão Ralf Schumaker na Willians,
e com isso chegou em 5º lugar, atrás das favoritas Ferrari, de uma
Mac Laren e da outra Willians, e chegando a liderar durante duas voltas a corrida
durante a troca de pneus. Como esse piloto já tinha-se destacado no sábado
durante a tomada de tempos para estabelecer o “grid de largada”,
foi entrevistado naquele dia por um assistente de Galvão, que falou com
Gene em espanhol. Aí é que Galvão teve um detalhe confirmativo
dessa característica ressaltada, quando comentou sobre essa entrevista:
-Temos aí a entrevista de Reginaldo Leme com Gene, se bem que ela foi
feita em espanhol, que é o idioma mais parecido ao de esse piloto que
é catalão! Mas também não se poderia pedir a Leme
que dominasse o verdadeiro idioma de Gene, por tanto é válido
seu esforço para comunicar-se ao menos em espanhol-.
Ei Galvão! Você é cheio de manias, preconceitos e “triqui-triqui”,
e mesmo que detestado pelo grande número de espectadores que apreciam
a imparcialidade nas transmissões, ainda assim és apreciado por
outro grande contingente de telespectadores que gostam que lhes “expliquem”
aquilo que estão vendo com os próprios olhos, mas que ao que parece
não entendem com as “próprias cabeças”. Agora,
eu me fazo a seguinte pergunta: -O dia que estes últimos morrerem, e
se fizerem autopsia neles, será que encontrarão alguma coisa dentro
da sua caixa craniana?
Outro detalhe que me lembro sobre Galvão: Alguns meses atrás,
o seu filho Cacá que participa da fórmula Stock Car de automobilismo,
se referia em entrevista à TV, e a respeito do próprio pai, que
este é um “cabeça dura, com idéias fixas e inflexíveis”!...
Me parece que Galvão está conseguindo acabar com a paciência
de muita gente, não apenas “deste lado” da telinha da TV,
senão também por trás dela, por isso acho altamente lógico
e provável que esteja certa a minha hipótese de ter havido algum
“puxão de orelhas” antes de Galvão ter pegado no microfone
neste fim de semana!
Pois é, o “enterro de Galvão” me parece um processo
em marcha e irreversível!... Me está parecendo que a terra já
está chegando até seu pescoço!... E que quando cobrir definitivamente
sua boca poderá ser ouvido um “ufa!” proferido por nós
seus detratores, mesmo que este seja abafado pelo choro espectaculoso e altissonante
de uma grande quantidade de telespectadores desmiolados que adoram tanto seu
Sto. Galvão, que até comungam com as “rodas de moinho”
com que este lhes faz comungar dizendo que são hóstias!
A . M. –16-9-2003 – Cavalcante.
9 –A TEMPORADA DE CAÇA AO “CHATO”
ESTÁ ABERTA...OBA!
Último G.P. de Fórmula 1 deste ano, em Suzuka, no Japão.
Schumaker hexacampeão. A corrida de hoje foi ganha por Rubinho. Alonso
teve avaria no carro quando ia em segundo.
E Galvão continua com seu “novo estilo” de exemplar moderação
ao referir-se a Alonso. Ante os gestos de decepção deste ao sair
do carro fumegante por causa do motor estourado, Galvão apenas comentou:
-Ei Alonso, não tens do que reclamar, que este ano já foi até
bom demais para você, além de ganhar uma corrida ainda provocastes
o fenômeno da “alonsomania” em teu país-... E assim
foram os três Grandes Prêmios finais do ano sem Galvão dirigir
sua artilharia pesada contra Alonso!... Aí tem!
Referente a “Masinha” (apelido carinhoso em diminutivo com que Galvão
apelida seus “queridinhos”) ele vai voltar a correr pela Sauber,
escudaria essa pela qual já participou no Campeonato do ano passado:
Ele apenas ficou um ano fora da Fórmula 1, ao igual que aconteceu no
ano passado com Alonso: -Qual o drama que andastes levantando Seu Galvão,
cadê a “tremenda injustiça” que você denunciava
um ano atrás por Alonso ter arrumado carro para correr este ano enquanto
teu “Masinha” teria que ficar este ano de fora, “apenas como
piloto de testes da melhor escudaria do momento”? ...Cadê o “enterro
de Alonso” que tu, com tua imensa perspicácia, vaticinavas e achavas
que seria merecida para ressarcir a “tremenda injustiça”
que você anunciava como estar ocorrendo um ano atrás na Fórmula
1, com a “incompetência” ocupando o lugar da “competência”?
Massa e Alonso! Dois jovens e promissores pilotos, que andaram correndo percursos
parecidos: Agora já, com o 6º lugar na classificação
geral do ano atingida por Alonso, e os recordes do piloto mais jovem a fazer
uma Pole Position e a ganhar uma corrida na Fórmula 1, Alonso apresenta
no momento um histórico melhor que o de Massa. Segundo o “Papa
Galvão” andou reclamando quase que o ano inteiro, o “justo”
seria que a situação estivesse invertida!... Me parece que o “Papa-Galvão”
passou o ano tentando dizer ao Sol para que lado ele deveria dirigir seus raios
e que lado deveria deixar no escuro!...
E fica para o próximo ano vermos o que Massa e Alonso vão fazer
na Fórmula 1: Eu preferiria se apenas víssemos isso apenas com
“nossos próprios olhos” e sem a interferência de um
“chato” com o microfone oficial da TV-Globo a “explicar-nos”,
de forma tendenciosa e manipuladora, o que deveremos entender daquilo que vermos!
E me parece que um número crescente de telespectadores deve concordar
comigo!
Sem a presença de Galvão- O “Papa de papel” (na verdade
apenas um “chato” que cada vez está se tornando mais e mais
insuportável) as transmissões esportivas da TV-Globo ficariam
bem melhores:
-Alô anti-galvaonianos do Brasil, uni-vos! A temporada de “caça
ao chato” continua aberta! Preparai as espingardas... Apontai... Fogo
“nele”!
A. M. –12-10-2003 –Cavalcante.
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