GALVÃO II- O PAPA DE PAPEL

APRESENTAÇÃO
Sou espanhol de nascimento e brasileiro por adoção. Metade da minha vida a vivi em cada um desses países (exceto alguns anos que passei em Japão). Sou também praticante/torcedor de esportes desde criança.
Com a minha dupla nacionalidade, seria em princípio para mi um dilema decidir--me a torcer por quem, quando Espanha e Brasil competem no campo esportivo, mas na verdade, sinto dentro de mi nessas ocasiões uma calma e imparcialidade interior, como a poderia sentir um E. T. postado em Marte a observar tudo com seu telescópio a raio laser! É verdade!
Eu já tinha observado no comentarista esportivo Galvão Bueno, como qualquer observador mais atento o faz, o papel desempenhado em suas transmissões como fomentador do patriotismo nacional no campo esportivo, com exageros que muitos já o definiram como “ufanismo”.
Pois bem, eu tinha observado também que Galvão em algumas ocasiões usava comentários desmerecedores sobre feitos de esportistas espanhóis, mas não dei muita atenção ao fato, principalmente porque minha discordância com Galvão iria parecer mais uma perda de parcialidade íntima, com meu lado espanhol se sobrepondo ao meu lado brasileiro.
Mas em meados de 2002, aconteceram dois fatos esportivos comentados por Galvão, que me deixaram mais atento de uma vez por todas sobre o fato dele não só usar em suas transmissões um patriotismo ufanista como muitos o acusam, mas também um anti--espanholismo camuflado, este mais difícil de ser percebido.
Reuni aqui, algumas observações que fiz durante o ano de 2003 a respeito das transmissões de TV que Galvão Bueno comentou. Andei o ano todo reforçando a minha atenção para verificar se era verdadeira aquela impressão a que me referia. Como os dois comentários de Galvão dos quais estou falando e que me deixaram com “a pulga atrás da orelha” já foram tratados nos primeiros textos selecionados, não os repetirei aqui.
Angel Moncayola – Cavalcante – Setembro de 2003.

INDICE
1-UM PAPA CHAMADO GALVÃO
2-GALVÃO NO PENTA
3-ANO 1950- O ‘OUTRO’ GALVÃO
4-O ENTERRADOR ENTERRADO
5-A VOVÓ DE BARRICHELLO
6-QUEM MATOU O INGLÊS?
7-CADÊ MEU GALVÃO?
8-GALVÃO GEÓGRAFO
9-A CAÇA AO “CHATO” ESTÁ ABERTA. OBA!
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1- UM PAPA CHAMADO GALVÃO

Hoje, 7-4-2003, enviei para o jornal “O Estado de São Paulo”, para a
seção do leitor, uma carta nos seguintes termos:
Gostei de ver no passado Domingo, durante o Grande Prêmio do Brasil de Formula 1, a realidade se impondo contra a “verdade manipulada pelos formadores de opinião”: o espanhol Alonso sendo aclamado pelo público na hora de ser colocado na ambulância, e o piloto, deitado na maca, acenando para o público!
Reconhecimento do público ao valor desse jovem piloto, a pesar do “dono da verdade na mídia esportiva”, o todopoderoso Galvão Bueno, andar querendo tapar o sol com uma peneira e ignorando que esse piloto existe: até mesmo quando Alonso liderou uma corrida um mês atrás, G. B. analisava o possível desenvolvimento da corrida avaliando as possibilidades dos pilotos que se encontravam do 2º lugar em diante. Alonso, que no momento liderava a corrida, foi solenemente ignorado por Galvão e nem o nome do piloto que estava em primeiro lugar disse!
O problema desse “poderoso formador de opinião em esportes”, é que no ano passado, na hora de Alonso ser contratado pela Renault (ele já era piloto de testes dessa escudaria) Galvão reclamou prá-valer, porque “um piloto inexpressivo e sem talento” estaria tirando o lugar do talentoso Massa para este ano na Fórmula 1, relegando este a mero piloto de testes da Ferrari.
Vai ser difícil Galvão reconhecer, que tanto um quanto outro piloto tem talento, que são dois jovens promessas do automobilismo, fato evidente para todos aqueles que estiverem isentos de preconceitos (que não parece ser o caso de G. B.). Os dois tem seu lugar ao Sol, isso, a pesar de G. B. (que se nos apresenta como se fosse o “Papa” em matéria de esportes, ditando ao espectador o que é certo e errado, o que devemos ver, entender e opinar, sobre aquilo que vemos com os próprios olhos) na sua insana megalomania, parece querer ditar ao Astro Rei para que lado seus raios devem ser dirigidos.
A . M. –7-4-2003.- Cavalcante


2- GALVÃO NO PENTA

No texto anterior, nos referíamos a um “manipulador da opinião pública” chamado Galvão Bueno, e suas atuações como comentarista de Fórmula 1 da Rede Globo de TV.
Já neste texto, queríamos referir-nos ao mesmo folclórico comentarista e suas “atuações” no futebol.
Na última Copa do Mundo conquistada pelo Brasil, teve um momento nas eliminatórias ocorridas na Coréia, em que praticamente toda a crítica esportiva mundial se manifestou no sentido de termos assistido ao maior escândalo da História das Copas, devido a ter havido manipulação gritante de resultados: foi quando Coréia eliminou Espanha com ajuda do juiz da partida. Que saibamos, somente dois personagens foram contra a corrente mundial de opinião: um foi o Presidente da Coréia (que ao que tudo indica pagou uma “nota preta” para corromper dirigentes e juizes de futebol, isso com intenção de desviar a atenção da opinião pública interna, onde ele e seus filhos estão sendo acusados de corrupção administrativa, inclusive um dos filhos já foi preso e outro anda tentando livrar-se da prisão). No fim, e com o resultado evidentemente manipulado a favor da Coréia e contra Espanha, o Presidente mais que suspeito anunciaria bombasticamente para “seu povo”, que a vitória contra Espanha no futebol era “a maior proeza da Coréia em 5.000 anos de História” .
O outro discordante da opinião mundial, fechando os olhos aos claros indícios da podridão escondida por baixo do evento esportivo, foi o “folclórico e ufanista” comentarista brasileiro, que se juntava ao Presidente coreano rasgando elogios ao time coreano pela sua vitória.
Nestas alturas, é cabível levantar a suspeita de que Galvão não é apenas “anti-Alonso” na Fórmula 1, mas sim anti-espanhol em geral por motivos não confessados.
Eu suspeito de onde pode ter nascido o “anti-espanholismo” galvaoniano, mas isso ai é tema a ser tratado em outro capítulo.
A . M. –7-4-2003. Cavalcante


3-ANO 1950-O OUTRO GALVÃO

Já ouvi também a Galvão Bueno referir-se à copa de 1950 como sendo a copa da “euforia e decepção”.
Euforia por “termos dado olé em Espanha” nas semifinais (o resultado foi de 6 a 1 a favor de Brasil) quando aquele país era o “touro bravo” a ser dominado na época. Decepção na final contra Uruguai ante 200.000 pessoas que cantaram a vitória antes do fim do jogo.
Naqueles tempos eu era meninão ainda, mas acompanhava meu pai em suas inquietações de esportista amador e torcedor, e cheguei a acompanhar o desenrolar daquela copa.
Já ouvi por aqui também de alguns sobreviventes do “desastre de Maracanã em 1950”, sobre o clamor das 200.000 vozes unidas gritando “Brasil campeão” durante quase todo o jogo e sendo aos poucos substituídos por mais comportados e realistas gritos de alento para manter, até quase o fim, o resultado de 1 a 1 que ainda daria o título a Brasil, e do gol uruguaio no fim do jogo que invertia o destino da copa: aquela ducha de água fria conseguiu emudecer 200.000 vozes ao mesmo tempo e transformou o Maracanã em um cemitério onde até o voar de uma mosca poderia ser ouvido. Aqueles que ainda são vivos e assistiram o jogo, concordam em dizer que aquele silêncio repentino que se fez no Maracanã é uma das coisas mais impressionantes que já assistiram na vida.
E qual a “explicação” de Galvão para aquele episódio? A “explicação que nada explica” dele é que no futebol acontecem coisas “inexplicáveis”.
Eu tenho a “explicação” que Galvão parece desconhecer, mas cá entre nós, na verdade eu acho que ele sabe e não quer contar!
Naquela copa, as feras do momento eram Inglaterra e Espanha. Corriam por fora no favoritismo, Uruguai, que já tinha ganho uma copa no ano que organizou o Campeonato Mundial, e Brasil como país organizador (naqueles tempos Brasil era considerada ainda uma potência em futebol do segundo escalão).
Espanha e Inglaterra se pegaram nas preliminares, e esta levou a pior, com o qual aquela se transformou na “fera da vez” a ser batida.
E chegou a fase seguinte, quando aconteceu a “verdadeira e decisiva final”, antes do encontro entre Uruguai e Brasil: foi o jogo entre Espanha e Uruguai.
E agora usarei umas pitadas de “licença literária” para descrever os fatos “nus e crus” daquele jogo.

Naquela época, o comandante da seleção uruguaia era Maquiavel e da seleção espanhola Dom Quixote. Este orientou seus comandados no campo de batalha, aliás campo de futebol, para só atacar de frente, de cabeça erguida e com cavalheirismo, com respeito ao rival e às regras estabelecidas para a disputa. Já Maquiavel disse aos seus comandados: -“O fim justifica os meios”, e se o fim é ganhar a taça a qualquer custo, vale a contravenção das regras, vale até punhalada pelas costas no “inimigo” desde que o juiz não veja nem o punhal nem o ato praticado-.
O resultado da disputa foi 2 a 2 no placar, com os uruguaios todos em pé fazendo “cara de bonzinhos”, e os espanhóis saindo de campo em macas, alguns sendo levados para o hospital e outros para o cemitério (o time espanhol inteiro na enfermaria, e até jogadores que nem voltaram mais a se recuperar das graves contusões que receberam durante o jogo, é fato histórico sem “licença literária”).

E a seguir contarei a estória do jogo entre Espanha e Brasil que se seguiu, aquele do “olé de Brasil em Espanha”, tal como meu tio me o contou.
Meu tio e um grupo de colegas de trabalho também espanhóis que trabalhavam na industria automobilista brasileira como operários especializados, e eram também “peladeros de fim de semana”, foram convocados para substituir o time oficial, este que estava “fora de combate”.
O resultado daquele jogo foi do “glorioso 6 a 1 em Espanha”, o dia da arrasadora vitória com “direito a olé até” contra o “touro espanhol”, a que Galvão se referia!
O “formador de opinião” da época, era o radialista Galvão Bueno Senior, português de nascimento e recalcado por seu país ter ocupado sempre um segundo plano na História Mundial perante seu vizinho peninsular. G. B. Senior, pai do atual Galvão, trocou seu “recalque português” pelo “ufanismo brasileiro” e fez disso profissão. Foi ele quem insuflou no Brasil a idéia: -Somos os melhores e ninguém pode com nós; se Espanha e Uruguai empataram e nós ganhamos com facilidade daquele time, a final contra Uruguai é barbada, quase formalidade; podemos comemorar desde já o “fato” de Brasil Campeão!
Essa foi a versão dos fatos que meu tio me contou. Acredito que Galvão Bueno Junior recebeu a versão verdadeira dos fatos do pai dele (Galvão I). Seja isso ou não, entre pai e filho está a ocultação de fatos relevantes, que hoje tem como conclusão a “explicação galvaoniana”: “No futebol acontecem coisas inexplicáveis”

E deixaremos de lado a “licença literária” para seguirmos com nossa estória.
Algum tempo atrás, aparecia na TV um funcionário do Maracanã que assistiu aquele jogo ainda criança, e é ele quem dizia que uma coisa das mais impressionantes que já vivenciou, foi o silêncio repentino de Maracanã em substituição ao vozerio ensurdecedor anterior , mudança acontecida com o segundo gol de Uruguai! Se ele algum dia vier a ler estas linhas, agora sabe que além da “explicação que nada explica” de Galvão, agora tem esta outra “explicação” aqui contida sobre o fenômeno que tanto o impressionou meio século atrás: ele que faza a sua escolha, em relação a qual é que representa melhor a “verdade dos fatos” (pegamos emprestada a expressão do “jargão” galvaoniano).

E Uruguai, bicampeão mundial em 1950, por onde anda com “seu futebol”?... Bem! Durante décadas ficou no ostracismo, sob a mira da opinião futebolística mundial, que não o deixou mais exercer as táticas maquiavélicas que apenas em 1950 e contra a “fera” do momento, e devido à surpresa da “invenção”, lhe renderam aquele (
a meu ver injusto) galardão.
A .M. –7-4-2003 –Cavalcante.

4-O ENTERRADOR ENTERRADO
Em continuação ao assunto Galvão.
Depois de um ano de esforços de Galvão Bueno para negar a existência do piloto Alonso na Formula 1, em fim está sendo obrigado a reconhecer que ele existe: além de alguma referência de “leve” à sua existência (em geral denigrente da imagem do piloto) noticiada nas últimas corridas, hoje ele teve que reconhecer definitivamente que ele existe, por Ter ganho a corrida deste dia, o Grande Prêmio da Hungria de 2003, vitória essa que o transformou no mais jovem piloto a ganhar uma corrida de Fórmula 1!
Foram inumeráveis (e em geral ridículas) as tentativas de Galvão durante o ano inteiro de negar a existência desse piloto, tentando jogar terra encima desse “fantasma” que o atormenta: -Ei Galvão! Não seria mais fácil para você reconhecer que ele existe, e que se equivocou ao dizer que ele não tinha nenhum talento para a “coisa”?
Mas em vez de reconhecer seu erro, Galvão tentou manter o seu veredicto sobre a incompetência desse corredor durante o ano inteiro e ante os bons resultados obtidos por esse piloto durante o ano, Galvão preferia catalogar esses resultados como “anômalos” e as raras ocasiões em que seu companheiro de equipe andou diante dele (Trulli) o próprio Galvão se apressava a “alertar-nos “ que estávamos vendo com os nossos próprios olhos “a verdade dos fatos aparecendo”.
E hoje ainda, o “esforçado” Galvão no final da corrida que “comentava para nós”, e ante a iminente vitória de Alonso que estava para acontecer, nos brindava com uma “pérola” da sua imensa sabedoria sobre aquilo que ele chama de “verdade dos fatos”: -O que está acontecendo aqui é que o Grande Prêmio da Hungria nem deveria existir, porque é corrido em um circuito que não reúne as condições ideais para a disputa de um Grande Prêmio de Fórmula 1 e mesmo assim continua sendo disputado, por isso estamos sujeitos a receber “qualquer surpresa” (a surpresa do dia à qual Galvão se referia estava sendo a do desqualificado Alonso estar caminhando para uma vitória inapelável, obtida de ponta a ponta , desde o momento da largada).
Outra “pérola” de sabedoria que nós telespectadores ganhamos de Galvão, foi duas ou três corridas atrás, quando ante os bons resultados obtidos por Alonso durante o ano, Galvão dizia sobre Alonso, que este era apenas um “acontecimento passageiro”, pois qualquer bom piloto que se preze e se conhece, tinha obtido os resultados obtidos por Alonso com muita mais idade. Assim, o “fenômeno Alonso” era catalogado por Galvão como apenas uma epidemia passageira que estava atacando à espanholada, epidemia por ele, Galvão, descoberta e batizada com o nome “genial” de “alonsomania” (quando Galvão começou a dar notícias sobre a existência de Alonso, sempre o fazia nesse tom depreciativo para o corredor e para toda a “espanholada”, ao referir-se a Alonso como apenas um tipo de “vírus” provocador da “alonsomania “ entre os espanhóis).
Mais dois detalhes de aproximadamente um mês atrás, que confirmam (ao menos para mi) que existe oculto em Galvão algum tipo de “anti-espanholismo”.
Em um desses comentários citados, e após Trulli ter obtido um tempo de classificação bem melhor que o de Alonso, Galvão começou com seu tradicional “lengalenga” de que estaríamos vendo com nossos próprios olhos “a verdade dos fatos aparecendo”. Ante a argumentação de um de seus assessores de que Alonso teve problemas mecânicos com seu carro durante a tomada de tempos pré-classificatórios, Galvão continuou a insistir que “isso não justificava, que era muita diferença de tempos e que seria a verdade dos fatos aparecendo, a verdade de que Trulli era um piloto de verdade, e que não se podia dizer a mesma coisa sobre Alonso”. Cinco ou dez minutos depois desse comentário depreciativo, teve outro comentário depreciativo sobre “outro espanhol”, quando um de seus assessores comentava que Guga tinha ganhado seu jogo do dia em Roland Garros e que seu próximo rival era um espanhol que acabava de eliminar o tenista numero um na classificação da ATP, australiano este. Ai Galvão comentava que naquele dia Guga tinha dado dois e não apenas um passo na direção do tetracampeonato de Roland Garros, porque se fosse o australiano o próximo rival ele teria uma parada dura pela frente, mas contra o espanhol “era barbada”, apenas formalidade de calendário a cumprir (no dia seguinte, o “desqualificado espanhol” eliminava o “qualificado Guga” do torneio).
Conclusão: estou ficando com a impressão, de que depois de um ano de Galvão andar jogando terra encima de Alonso para negar a existência deste, toda essa terra vai acabar voltando para cima do próprio Galvão e quem sabe pode até acabar enterrando o próprio junto com suas “abobrinhas”, estas que ele costuma apresentar como “verdades insofismáveis sobre os fatos esportivos nacionais” (isso sem contar outras “manias pessoais” e “verdades de papel” que tenta passar para o telespectador, como esta que estamos denunciando aqui de existir arraigado nele um “anti-espanholismo”, supostamente herdado de seu pai lusitano).
A . M. –24-8-2003 – Cavalcante.


5 – A VOVÓ DE BARRICHELLO

Lembrei de mais uma “pérola galvaoniana” com que fomos brindados este ano por esse sábio e dedicado missionário do “bem informar” em assuntos esportivos.
Mais uma vez é no âmbito da Fórmula 1.
Em um dos pódios que Alonso conseguiu este ano, ganhou de Galvão um de seus “elogios tradicionais”: -Isso vai aumentar o nível da “alonsomania” em seu país. Também, Espanha nunca teve um só piloto que conseguisse subir no pódio em uma corrida de Fórmula 1!
Informação essa contestada por um de seus assessores, o qual corrigiu: -Na década de 50 Espanha teve Portago, o qual fez algumas corridas pela Ferrari e chegando uma vez em segundo lugar-.
O “Papa-Galvão”, em atitude muito característica dele, em vez de reconhecer que tinha soltado uma informação errada, logo se saiu desmerecendo o fato, conforme é hábito nele em se tratando de espanhóis: -Também, em uma Ferrari qualquer um conseguiria!-.
Isso me fez lembrar de Barrichello, que no seu começo da Ferrari fez um desabafo: -Têm gente por ai que pensa que ao volante de uma Ferrari até minha avó conseguiria ganhar corridas!- Tô com a suspeita que o desabafo de Rubinho tinha endereço certo: -Quem sabe não houve uma cobrança de resultados nos bastidores da TV por parte do papudo “Papa dos esportes do Brasil”, para este poder justificar o ufanismo típico de suas transmissões?
A respeito daquele “qualquer um” a que Galvão se referia, eu tenho na lembrança algumas informações de mais de meio século atrás. Ele era o Marquês de Portago, descendente de 1ª ou 2ª geração de toda aquela classe aristocrática espanhola, que no começo do século XX se espalhou por Europa seguindo os passos do deposto Rei de Espanha, Alfonso XIII.
Aquele descendente da Nobreza Espanhola, era movido a adrenalina, e para aumentar a circulação desta nas veias, usava a velocidade: pilotar carros de corrida era apenas um dos artifícios que ele usava!
Como no nevado inverno europeu não havia corridas de automóveis por aqueles tempos, ele trocava de veículo e usava o “bobsbleig” (espécie de trenô de competição) para continuar vivendo a toda velocidade!
Outro episódio que me lembro daquela figura: Na Inglaterra foi proibido de pilotar aviões, porque uma vez deu um vôo rasante sobre o Tâmisa passando por baixo de uma das pontes de Londres!
Sobre a informação do assessor de Galvão, eu não me lembro em detalhe, mas lembro que no último ano que viveu, andou atingindo grandes resultados no automobilismo e estava sendo considerado pela imprensa esportiva como tendo potencial de ser um supercampeão, se desse atenção exclusiva à especialidade.
No inverno daquele ano teve Olimpíadas da Neve, e ele representou Espanha no “Bobsbleig a 4” . E no início do ano seguinte morreu como viveu, a toda velocidade: espatifando-se no lendário circuito de Le Mans!
Aqueles que não são seguidores incondicionais de Galvão (e me parece que o número destes está crescendo cada vez mais no Brasil) tem aí algumas informações mais para acrescentar àquelas que o assessor de Galvão deu sobre “um tal Portago”.
E aqueles que preferem os “pratos prontos” de Galvão, temperados com muitos preconceitos e até desinformação, podem continuar a engoli-los!... No fim das contas, cada um faz suas escolhas!
A . M. –28-8-2003 –Cavalcante.



6 –QUEM MATOU O INGLÊS?

Noticia de hoje na TV: Uma equipe americana de cinema veio a Brasil a filmar uma estória de futebol. O tema central do enredo é a histórica vitória daquele país contra a Inglaterra em 1950.
Como já ouvi alguma vez a Galvão referir-se a EE.UU como sendo aquele país que eliminou a Inglaterra naquela copa, e eu me lembro que Espanha ganhou dos dois times nas preliminares, fui até a loja onde me ligo com a Internet para conferir se tem alguma falha na minha memória.
O que houve de fato, é que na fase preliminar teve quatro grupos, e os primeiros colocados de cada grupo se enfrentaram em um quadrangular para proclamar o campeão. Do grupo preliminar de Espanha, faziam parte também, Chile, Inglaterra e EE.UU. Espanha ganhou os três jogos e os outros três times um jogo cada um (confirmadas as vitórias espanholas que me lembrava de meio século atrás: 3 a 1 contra EE.UU e 1 a 0 contra Inglaterra com gol de Zarra. Não me lembrava da vitória de 2 a 0 contra Chile).
Sobre minha polêmica com Galvão, e a respeito de quem foi que eliminou os “inventores do futebol” naquela copa (a primeira disputada por Inglaterra pelo que vi hoje pela Internet, fato que eu desconhecia, inclusive dizia também no site da Internet que consultei, que até então os ingleses se consideravam campeões virtuais sem necessidade de disputar o torneio mundial e por isso nunca tinham participado até 1950) creio eu ter mais razão que Galvão: Espanha e Inglaterra se enfrentaram no último e decisivo jogo da chave, e a pesar dos ingleses já ter perdido o jogo com os americanos por 1 a 0, ainda tinham chances de classificar-se se vencessem a Espanha, porque os dois países ficariam empatados em vitórias e Inglaterra seria considerada campeã da chave pelo critério do confronto direto.
Outro fato de que não me lembrava e vi hoje na Internet, é a presença da bicampeã Italia naquela copa como uma das favoritas para levar o tricampeonato. Os italianos também não passaram das preliminares, mas com eles também houve razões extra-esportivas a influenciar no mau desempenho daquela seleção em aquele ano: a morte em desastre de aviação, um ano antes, de todo o time do Torino, supertime este que era a base da seleção italiana da época.
Sobre os três resultados de Espanha no quadrangular final, correspondem ao que eu me lembrava: empate de 2 a 2 com Uruguai e derrotas de 6 a 1 para Brasil e de 3 a 1 contra Suécia.
Sobre o escândalo registrado na imprensa esportiva espanhola daqueles tempos que eu lembro, referente ao comportamento anti-esportivo dos uruguaios no jogo contra Espanha e conseqüente enfrentamento a seguir de Brasil e Suécia com um time formado por mancos, coxos e algum suplente ainda inteiro, não vi registros na Internet, pelo que fica essa pesquisa para outra ocasião.
Por tudo que vi hoje, se confirma que a partida decisiva daquela copa aconteceu com o nocaute por golpe baixo que Espanha sofreu ante Uruguai. E também, o indício de que a euforia brasileira e “canto da vitória” antes da hora, foi motivado pelos resultados anteriores de Espanha, com Uruguai e com o próprio Brasil
E sobre minha polêmica com Galvão sobre o “matador” da fera inglesa (o “dream time” do futebol daqueles tempos) sobre a atribuição do mérito daquela façanha que Galvão concede ao time americano em vez de Espanha... bem, me parece que já observei antes a Galvão fazendo restrições a méritos de espanhóis no âmbito esportivo!
A . M. –31-8-2003 –Cavalcante.

7-O MISTERIOSO DESAPARECIMENTO DE GALVÃO
Alô TV –Globo! Quero de volta meu Galvão!
Ontem teve o Grande Prêmio de Monza de Formula 1 e nada de Galvão comparecer para explicar-nos o que estávamos vendo!
E o pior de tudo para aquela emissora, é que nos quis fazer de bobos, apresentando um sósia de Galvão como se fosse o próprio!...
Mas eu descobri a artimanha!... Ele não falou nada contra Alonso! Justo este fim de semana, que foi o mais desastrado que esse piloto já viveu na Fórmula 1! Se fosse o Galvão de verdade, este passaria sem fazer uma crítica a Alonso justo no dia que este deu mais motivos para ser criticado?... E olha que foi no Sábado que já começaram as barberagens desse piloto, quando apenas conseguiu o último lugar, um minuto atrás do penúltimo colocado! Imagina se fosse o Galvão a transmitir o evento esportivo, se ele perderia a oportunidade de dizer-nos que “estávamos vendo a verdade dos fatos com os próprios olhos” e que os 55 pontos já conseguidos por Alonso neste campeonato eram devidos a resultados anômalos!...
E ainda por cima, ontem, na hora da largada, Alonso decolou feito pássaro , ao que parece tentando passar por cima do penúltimo colocado no grid e acabando se espatifando no chão! ...Se fosse Galvão, ele ia esfregar as mãos com certeza, enquanto fazeria algum comentário do tipo: -Senhores, Alonso acaba de descobrir que automóvel e avião são veículos diferentes!-
Se fosse o Galvão de verdade e ante as barberagens repetidas de Alonso durante o fim de semana, ele seguramente não perderia a oportunidade de “alfinetar” com alguma coisa do tipo: -Este fim de semana Alonso se dedicou a dar uma aula de pilotagem para alunos do maternal, explicando para estes o que não pode ser feito ao volante de um automóvel-. Quem sabe até daria uma “alfinetada” mais abrangente, dedicada aos “babacas espanhóis” em
geral, aqueles que andam sofrendo a ilusão por ele batizada de “alonsomania”, seguramente, que se fosse o Galvão iria dizer para todos eles que foi apenas uma ilusão aquilo de imaginar que tinham um “piloto de verdade” na Fórmula 1!
E ainda tem outro detalhe indicativo de que não era Galvão-Sabetudo quem estava ao microfone da TV. Durante este fim de semana se levantou uma polêmica sobre os pneus Michelim, se estes estariam ou não dentro da especificação exigida pela organização da competição e com isso favorecendo irregularmente aquelas escudarias que usam essa marca. Ele, o “sósia” de Galvão, reconhecia humildemente que não tinha como dar o seu parecer sobre o assunto, pois existem informações na Fórmula 1 muito especializadas e às quais os comentaristas não tem acesso!... Muita humildade contida nessa declaração!... não é o estilo de Galvão-Sabetudo!

Para dizer verdade, verdade, verdade, ... estou em dúvida... não sei se é isso mesmo o que aconteceu de verdade com a Fórmula 1, em Monza, neste fim de semana, ou... era na verdade Galvão quem transmitiu a corrida, após ele ter levado algum puxão de orelhas da direção da emissora, para ele deixar de se arvorar em dono absoluto da verdade em matéria de esportes no Brasil e descer do pedestal em que andava encaramado auto-proclamando-se “Papa dos esportes no Brasil”!... Até quem sabe, a “desafeta espanholada” que Galvão tanto critica, e que ultimamente vêem aparecendo investindo nos mais diversos setores deste país, não está entrando na Globo, com dinheiro e até com pessoal em postos de chefia, e é algum novo e alto executivo espanhol que deu o puxão de orelhas em Galvão para este parar de esculhambar com Alonso (?)... Quem sabe, quem sabe!...
E enquanto isso, eu aqui estou ficando frustrado!... eu que esperava por uma colheita maior de “abobrinhas galvaonianas” até o fim da temporada de Formula 1, logo pouco depois da metade da temporada, ele, o Galvão, será que vai deixar de plantar para nosso deleite?
TV-Globo, me explica aqui uma coisa: era Galvão ou seu sósia quem estava com teus microfones ontem em Monza?... E se era realmente seu “sósia” como eu suspeito, me explica as razões para o “Misterioso Desaparecimento de Galvão”! TV-Globo me explica que eu quero saber!
A .M. –15-9-2003 –Cavalcante.


8 GALVÃO “O GEÓGRAFO”

Outro detalhe curioso sobre Galvão!
Me parece que ele guarda um certo respeito por Catalunha, esta que já organizou até uma Copa do Mundo de Futebol e uma Olimpíada: já ouvi fazer “ressalvas” a Galvão ao tratar sobre Catalunha, dizendo que esta é “européia e não espanhola”!. Galvão até faz bastantes elogios ao Clube-Empresa do Barcelona F. C. , aos pilotos catalães da motovelocidade, e seguramente a outros setores esportivos catalães que não reparei!
Neste fim de semana, teve um pequeno detalhe desse parêntese que Galvão abre a Catalunha em seu tratamento depreciativo genérico contra espanhóis. No Grande Prêmio de Monza, disputado ontem, teve um certo destaque o piloto Gene, catalão que substituiu o alemão Ralf Schumaker na Willians, e com isso chegou em 5º lugar, atrás das favoritas Ferrari, de uma Mac Laren e da outra Willians, e chegando a liderar durante duas voltas a corrida durante a troca de pneus. Como esse piloto já tinha-se destacado no sábado durante a tomada de tempos para estabelecer o “grid de largada”, foi entrevistado naquele dia por um assistente de Galvão, que falou com Gene em espanhol. Aí é que Galvão teve um detalhe confirmativo dessa característica ressaltada, quando comentou sobre essa entrevista: -Temos aí a entrevista de Reginaldo Leme com Gene, se bem que ela foi feita em espanhol, que é o idioma mais parecido ao de esse piloto que é catalão! Mas também não se poderia pedir a Leme que dominasse o verdadeiro idioma de Gene, por tanto é válido seu esforço para comunicar-se ao menos em espanhol-.
Ei Galvão! Você é cheio de manias, preconceitos e “triqui-triqui”, e mesmo que detestado pelo grande número de espectadores que apreciam a imparcialidade nas transmissões, ainda assim és apreciado por outro grande contingente de telespectadores que gostam que lhes “expliquem” aquilo que estão vendo com os próprios olhos, mas que ao que parece não entendem com as “próprias cabeças”. Agora, eu me fazo a seguinte pergunta: -O dia que estes últimos morrerem, e se fizerem autopsia neles, será que encontrarão alguma coisa dentro da sua caixa craniana?
Outro detalhe que me lembro sobre Galvão: Alguns meses atrás, o seu filho Cacá que participa da fórmula Stock Car de automobilismo, se referia em entrevista à TV, e a respeito do próprio pai, que este é um “cabeça dura, com idéias fixas e inflexíveis”!... Me parece que Galvão está conseguindo acabar com a paciência de muita gente, não apenas “deste lado” da telinha da TV, senão também por trás dela, por isso acho altamente lógico e provável que esteja certa a minha hipótese de ter havido algum “puxão de orelhas” antes de Galvão ter pegado no microfone neste fim de semana!
Pois é, o “enterro de Galvão” me parece um processo em marcha e irreversível!... Me está parecendo que a terra já está chegando até seu pescoço!... E que quando cobrir definitivamente sua boca poderá ser ouvido um “ufa!” proferido por nós seus detratores, mesmo que este seja abafado pelo choro espectaculoso e altissonante de uma grande quantidade de telespectadores desmiolados que adoram tanto seu Sto. Galvão, que até comungam com as “rodas de moinho” com que este lhes faz comungar dizendo que são hóstias!
A . M. –16-9-2003 – Cavalcante.

9 –A TEMPORADA DE CAÇA AO “CHATO” ESTÁ ABERTA...OBA!
Último G.P. de Fórmula 1 deste ano, em Suzuka, no Japão. Schumaker hexacampeão. A corrida de hoje foi ganha por Rubinho. Alonso teve avaria no carro quando ia em segundo.
E Galvão continua com seu “novo estilo” de exemplar moderação ao referir-se a Alonso. Ante os gestos de decepção deste ao sair do carro fumegante por causa do motor estourado, Galvão apenas comentou: -Ei Alonso, não tens do que reclamar, que este ano já foi até bom demais para você, além de ganhar uma corrida ainda provocastes o fenômeno da “alonsomania” em teu país-... E assim foram os três Grandes Prêmios finais do ano sem Galvão dirigir sua artilharia pesada contra Alonso!... Aí tem!
Referente a “Masinha” (apelido carinhoso em diminutivo com que Galvão apelida seus “queridinhos”) ele vai voltar a correr pela Sauber, escudaria essa pela qual já participou no Campeonato do ano passado: Ele apenas ficou um ano fora da Fórmula 1, ao igual que aconteceu no ano passado com Alonso: -Qual o drama que andastes levantando Seu Galvão, cadê a “tremenda injustiça” que você denunciava um ano atrás por Alonso ter arrumado carro para correr este ano enquanto teu “Masinha” teria que ficar este ano de fora, “apenas como piloto de testes da melhor escudaria do momento”? ...Cadê o “enterro de Alonso” que tu, com tua imensa perspicácia, vaticinavas e achavas que seria merecida para ressarcir a “tremenda injustiça” que você anunciava como estar ocorrendo um ano atrás na Fórmula 1, com a “incompetência” ocupando o lugar da “competência”?
Massa e Alonso! Dois jovens e promissores pilotos, que andaram correndo percursos parecidos: Agora já, com o 6º lugar na classificação geral do ano atingida por Alonso, e os recordes do piloto mais jovem a fazer uma Pole Position e a ganhar uma corrida na Fórmula 1, Alonso apresenta no momento um histórico melhor que o de Massa. Segundo o “Papa Galvão” andou reclamando quase que o ano inteiro, o “justo” seria que a situação estivesse invertida!... Me parece que o “Papa-Galvão” passou o ano tentando dizer ao Sol para que lado ele deveria dirigir seus raios e que lado deveria deixar no escuro!...
E fica para o próximo ano vermos o que Massa e Alonso vão fazer na Fórmula 1: Eu preferiria se apenas víssemos isso apenas com “nossos próprios olhos” e sem a interferência de um “chato” com o microfone oficial da TV-Globo a “explicar-nos”, de forma tendenciosa e manipuladora, o que deveremos entender daquilo que vermos! E me parece que um número crescente de telespectadores deve concordar comigo!
Sem a presença de Galvão- O “Papa de papel” (na verdade apenas um “chato” que cada vez está se tornando mais e mais insuportável) as transmissões esportivas da TV-Globo ficariam bem melhores:
-Alô anti-galvaonianos do Brasil, uni-vos! A temporada de “caça ao chato” continua aberta! Preparai as espingardas... Apontai... Fogo “nele”!
A. M. –12-10-2003 –Cavalcante.

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